12 de mai. de 2013
Desde o nosso primeiro dia no mundo temos contato com estas excepcionais profissionais da área de saúde: as enfermeiras. E durante toda a nossa infância elas estão presentes em nossas vidas.
Lembro com gratidão de uma destas queridas profissionais que me acalmava durante uma cirurgia em que não pude tomar anestesia geral. Durante toda a operação ela ficou ao meu lado me tratando com muito carinho.
Na década de 70 passava na televisão um seriado chamado "Júlia, A Enfermeira Maluca". Alguns colegas mais engraçadinhos me chamavam por este apelido. Não me incomodava. Me comparar com estas abnegadas profissionais não é uma afronta, é um elogio.
Creio que no rol das profissões a enfermagem está num patamar superior: as enfermeiras são ANJOS que CUIDAM das PESSOAS.
Nós do Blog do Nagib nos consideramos pessoas privilegiadas por trabalharmos com alguns destes Anjos.
Parabéns a todas as enfermeiras, especialmente às enfermeiras do CMS Nagib Jorge Farah.
PARABÉNS MAMÃE, MUITO OBRIGADO!
Churrasco de Dia das Mães na casa da minha tia Rosa Dengosa. Família reunida, música, alegria. De repente, um gemido de dor, bem baixinho, proporcional ao tamanho do ferimento: meu primo João Grandão roçou a perna num espinho de uma planta do quintal; uma gota minúscula de sangue, nada mais. Até hoje ninguém descobriu como minha tia Rosa ouviu o gemido - ela estava dentro de casa, ao lado do som.
- Ai, meu Deus. Quê que houve João? - tia Rosa grita e sai de casa correndo.
João olha pra ela espantado:
- Nada, mãe.
- Como nada, menino? Olha este sangue todo na sua perna! Ai meu Deus, ai meu Deus! Vamos pro hospital, vamos pro hospital!
- Mãe, não é nada; foi um arranhadinho de nada. - pondera João.
Não adiantou. Se não levássemos João Grandão pra emergência minha tia acabaria tendo um troço!
Rebuliço na entrada do hospital, corre a enfermeira Júlia pra ver o que está acontecendo.
- Socorro, socorro! Um médico, um médico! Meu filho vai perder a perna! ai meu Deus, ai meu Deus!
Júlia, a enfermeira, olha minha tia agarrada no braço do meu primo:
- Está passando mal?
Do alto de seus 1,90 metros, 21 anos de idade, João Grandão ri, meio sem graça:
- Arranhei a perna.
- Como arranhou? Olha isso, olha isso! - chora tia Rosa - Olha quanto sangue! Salva a perna do meu Joãosinho, minha filha, senão como ele vai pra faculdade? Como ele vai ser alguém na vida? Pára este sangramento, minha filha. Salva a vida do meu filhinho!
A enfermeira, compreensiva, tenta acalmar minha tia (sem sucesso), enquanto leva o Grandão para fazer um curativo:
- Calma, mãe, vai ficar tudo bem. Ele vai ficar inteirinho de novo.
Enquanto a enfermeira Júlia faz o curativo, João tenta se desculpar:
- Desculpe minha mãe, ela é um pouco exagerada.
- Não precisa se desculpar. Eu entendo, eu entendo. No lugar dela eu faria a mesma coisa. Eu também sou Mãe.
Quando saem da sala de curativos, João Grandão abraça tia Rosa e diz:
- MUITO OBRIGADO, MAMÃE!
De volta ao churrasco de Dia das Mães, todo mundo canta uma música que se perdeu no tempo:
Todo dia de manhã ela faz o meu café
Minha vida meu afã, até hoje ainda é
A razão do meu viver, meu sorriso meu cantar
Foi ela quem me ensinou como é tão bom amar
Mãe, você tem valor, é o mais puro amor
Minha vida é mais linda que a mais linda flor
Uma canção com acalantos ao luar
Recordação, sinto vontade de chorar
Ser criança em seus braços até hoje sou
Me envolvendo em abraços de ternura e amor
E dou um conselho a quem
Tiver sua mãezinha querida:
Faça de tudo por ela
Nessa vida!
PARABÉNS MAMÃE, MUITO OBRIGADO!